sábado, 11 de junho de 2016

Professor do século XXI: que profissional é esse?

A fala da professora Fernanda - durante a sessão da Câmara de Vereadores - nos levou a inúmeras reflexões e, uma delas, foi pensar no papel do professor atual enquanto um profissional que precisa ser participativo, atuante, formador de opiniões e envolvido em uma educação que deve se fazer democrática, qualitativa, crítica e transparente pautada nos princípios éticos, morais, de responsabilidade e compromisso com as aprendizagens das crianças, jovens e adultos, bem como aspectos que envolvem o conhecimento de todo o trabalho de uma rede de ensino.
            Vários são os aspectos que constituem este profissional, tais como a boa formação, o uso de novas tecnologias como meio para aprendizagem e pesquisa, a atualização diante de novas didáticas, saber o que ensinar e como ensinar. No entanto, destacamos como sendo grande qualidade deste profissional a atitude e a postura no que se refere à discussão de políticas públicas... Esse papel também é, por excelência, do professor que, ao desempenhá-lo, se torna um agente da educação nas diferentes instâncias que representa.
            Com isso, a fala da professora Fernanda nos fez pensar sobre a importância de estarmos atentos a tudo o que acontece na educação municipal, na relação desta com a educação brasileira e mundial: Como nos inserimos nessa educação? O que buscamos? O que queremos que nossos alunos aprendam? O que queremos construir em parceria com todos que moram no município? Que currículo temos? Que currículo fazemos? Como profissionais da educação e sociedade civil podem estreitar laços rumo a uma educação de qualidade?
            Infelizmente, aqui em Cajamar, quem discute, argumenta, debate e diz o que precisa ser dito e não aquilo que o outro quer ouvir, é visto como alguém que quer fazer “politicagem”. Talvez, essa seja a argumentação de quem não tem outras colocações plausíveis e consistentes, pois para discutir e pensar educação isso é primordial!
            A argumentação de que fazemos “politicagem” é tão medíocre diante da grandiosidade das colocações feitas pela professora Fernanda que o sentimento é de pena e/ou indiferença das pessoas que pensam e verbalizam, publicamente ou não, esse tipo de colocação. Essa argumentação para um educador e formador de opinião é ínfima e o que queremos é que a nova geração deste município se sobreponha a isso, ultrapasse a cultura do “x” ou “y” e comece a pensar no coletivo, entendido aqui na acepção de olhar para uma ação elaborada no sentido de enfrentar um problema público.
            Vamos discutir, vamos dialogar (de forma igualitária) e vamos debater (de verdade) a educação... a educação dos próximos 10 anos!

Andréa Dalcin
Supervisora de Ensino da rede municipal de Cajamar
Doutoranda em Educação pela UNICAMP


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