A fala da professora
Fernanda - durante a sessão da Câmara de Vereadores - nos levou a inúmeras
reflexões e, uma delas, foi pensar no papel do professor atual enquanto um
profissional que precisa ser participativo, atuante, formador de opiniões e envolvido
em uma educação que deve se fazer democrática, qualitativa, crítica e transparente
pautada nos princípios éticos, morais, de responsabilidade e compromisso com as
aprendizagens das crianças, jovens e adultos, bem como aspectos que envolvem o
conhecimento de todo o trabalho de uma rede de ensino.
Vários são os aspectos que
constituem este profissional, tais como a boa formação, o uso de novas
tecnologias como meio para aprendizagem e pesquisa, a atualização diante de
novas didáticas, saber o que ensinar e como ensinar. No entanto, destacamos
como sendo grande qualidade deste profissional a atitude e a postura no que se
refere à discussão de políticas públicas... Esse papel também é, por
excelência, do professor que, ao desempenhá-lo, se torna um agente da educação
nas diferentes instâncias que representa.
Com isso, a fala da professora
Fernanda nos fez pensar sobre a importância de estarmos atentos a tudo o que
acontece na educação municipal, na relação desta com a educação brasileira e
mundial: Como nos inserimos nessa educação? O que buscamos? O que queremos que
nossos alunos aprendam? O que queremos construir em parceria com todos que
moram no município? Que currículo temos? Que currículo fazemos? Como profissionais
da educação e sociedade civil podem estreitar laços rumo a uma educação de
qualidade?
Infelizmente, aqui em Cajamar, quem
discute, argumenta, debate e diz o que precisa ser dito e não aquilo que o
outro quer ouvir, é visto como alguém que quer fazer “politicagem”. Talvez,
essa seja a argumentação de quem não tem outras colocações plausíveis e
consistentes, pois para discutir e pensar educação isso é primordial!
A argumentação de que fazemos “politicagem”
é tão medíocre diante da grandiosidade das colocações feitas pela professora
Fernanda que o sentimento é de pena e/ou indiferença das pessoas que pensam e
verbalizam, publicamente ou não, esse tipo de colocação. Essa argumentação para
um educador e formador de opinião é ínfima e o que queremos é que a nova
geração deste município se sobreponha a isso, ultrapasse a cultura do “x” ou “y”
e comece a pensar no coletivo, entendido aqui na acepção de olhar para uma ação
elaborada no sentido de enfrentar um problema público.
Vamos discutir, vamos dialogar (de
forma igualitária) e vamos debater (de verdade) a educação... a educação dos
próximos 10 anos!
Andréa Dalcin
Supervisora de Ensino da rede municipal de Cajamar
Doutoranda em Educação pela UNICAMP
0 comentários
Postar um comentário