segunda-feira, 13 de junho de 2016

1º COMPROMISSO QUE O MUNICÍPIO DEVE ASSUMIR APÓS A APROVAÇÃO DO PME: DIVULGAÇÃO E APROPRIAÇÃO DO PLANO

Após a aprovação do Plano Municipal de Educação, tanto o professor Rubens de Carvalho da FEUSP quanto a vice-presidenta da Undime Manuelina Martins destacam a importância da ampla divulgação do documento e apropriação de todos em relação a seu conteúdo: “é preciso fazer um chamamento amplo para que a sociedade tome conhecimento do Plano neste momento de acompanhamento de suas metas e estratégias”. “Para isso, pode-se envolver os pais, as igrejas, os sindicatos e toda a sociedade organizada”, destaca a vice-presidenta da Undime.

No momento de divulgação do PME, segundo o professor da FEUSP, a administração municipal pode divulgar o que será realizado para o cumprimento do Plano. “A administração pode divulgar o que foi aprovado e quais as ações que a gestão pública vai realizar no âmbito de suas competências, de sua responsabilidade e de seu tempo de governo para viabilizar o que está escrito no documento”, sugere Rubens.



Algumas considerações:

Iniciamos nossas discussões sobre a ampla divulgação deste documento, que hoje está em forma de Lei, à toda sociedade civil e aos profissionais da educação e, recuperando a fala da professora Fernanda, será que todos conhecem esse plano? Tiveram acesso a este documento? Divulgar, apenas no site da prefeitura adianta? Informar que ele existe é o suficiente? O que se entende por ampla divulgação? Quem divulga? De que forma divulga? O que sabemos é que se o Fórum Municipal de Educação tivesse sido constituído, a comissão responsável pela divulgação, com certeza teria planejado ações coerentes e consistentes. Mas, como o fórum não existe, também não vemos mobilização da administração pública, em especial, da Diretoria Municipal de Educação para viabilizar tal ação. Reiteramos que algumas ações estão sendo realizadas, ainda que timidamente e sem envolver a sociedade civil, porque estamos nos movimentando para isso.

Se a divulgação vem sendo um problema, pensamos que a apropriação deste documento por todos é mais grave ainda. Mobilizar um município requer estratégias bem pensadas e planejadas, mas se apropriar de algo não se remete apenas a obter uma informação, a ler uma meta e dizer se está ou não sendo alcançada. Se apropriar de um documento é muito mais do que ouvir as ações que estão sendo realizadas na educação.

Se apropriar de um documento é torna-lo vivo em ações, em planejamentos de sistema e de escola. Se apropriar de um PME é poder percebê-lo na rotina de um professor quando se pensa em meta de alfabetização, é qualificar uma formação em HTPC quando olhamos para a meta dos profissionais da educação, é participar e viver o PPP da escola quando discutimos a meta sobre gestão democrática, é poder olhar para o sistema e saber que política pública é defendida e quais ciclos organizacionais serão abertos, desenvolvidos e finalizados a fim de dar continuidade a outros ciclos.

Enfim, se apropriar de um PME é olhar para todo o sistema educacional do município e conhecer todas as ideias, crenças e concepções que o abarca, não só no discurso, mas na ação de um governo!

Nessa direção, encerramos esse 1º compromisso com a seguinte questão: será que estamos neste caminho de conhecer e se apropriar do PME? Se sim, em que? Se não, por que?

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