Após a aprovação
do Plano Municipal de Educação, tanto o professor Rubens de Carvalho da FEUSP
quanto a vice-presidenta da Undime Manuelina Martins destacam a importância da
ampla divulgação do documento e apropriação de todos em relação a seu conteúdo:
“é preciso fazer um chamamento amplo para que a sociedade tome conhecimento do
Plano neste momento de acompanhamento de suas metas e estratégias”. “Para isso,
pode-se envolver os pais, as igrejas, os sindicatos e toda a sociedade
organizada”, destaca a vice-presidenta da Undime.
No momento de divulgação do PME, segundo o
professor da FEUSP, a administração municipal pode divulgar o que será
realizado para o cumprimento do Plano. “A administração pode divulgar o que foi
aprovado e quais as ações que a gestão pública vai realizar no âmbito de suas
competências, de sua responsabilidade e de seu tempo de governo para viabilizar
o que está escrito no documento”, sugere Rubens.
Algumas considerações:
Iniciamos nossas discussões sobre a ampla
divulgação deste documento, que hoje está em forma de Lei, à toda sociedade
civil e aos profissionais da educação e, recuperando a fala da professora
Fernanda, será que todos conhecem esse plano? Tiveram acesso a este documento? Divulgar,
apenas no site da prefeitura adianta? Informar que ele existe é o suficiente? O
que se entende por ampla divulgação? Quem divulga? De que forma divulga? O que
sabemos é que se o Fórum Municipal de Educação tivesse sido constituído, a
comissão responsável pela divulgação, com certeza teria planejado ações
coerentes e consistentes. Mas, como o fórum não existe, também não vemos
mobilização da administração pública, em especial, da Diretoria Municipal de
Educação para viabilizar tal ação. Reiteramos que algumas ações estão sendo
realizadas, ainda que timidamente e sem envolver a sociedade civil, porque
estamos nos movimentando para isso.
Se a divulgação vem sendo um problema,
pensamos que a apropriação deste documento por todos é mais grave ainda. Mobilizar
um município requer estratégias bem pensadas e planejadas, mas se apropriar de
algo não se remete apenas a obter uma informação, a ler uma meta e dizer se
está ou não sendo alcançada. Se apropriar de um documento é muito mais do que
ouvir as ações que estão sendo realizadas na educação.
Se apropriar de um documento é torna-lo vivo
em ações, em planejamentos de sistema e de escola. Se apropriar de um PME é
poder percebê-lo na rotina de um professor quando se pensa em meta de
alfabetização, é qualificar uma formação em HTPC quando olhamos para a meta dos
profissionais da educação, é participar e viver o PPP da escola quando discutimos
a meta sobre gestão democrática, é poder olhar para o sistema e saber que
política pública é defendida e quais ciclos organizacionais serão abertos,
desenvolvidos e finalizados a fim de dar continuidade a outros ciclos.
Enfim, se apropriar de um PME é olhar para
todo o sistema educacional do município e conhecer todas as ideias, crenças e
concepções que o abarca, não só no discurso, mas na ação de um governo!
Nessa direção, encerramos esse 1º compromisso
com a seguinte questão: será que estamos neste caminho de conhecer e se
apropriar do PME? Se sim, em que? Se não, por que?
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