quarta-feira, 15 de junho de 2016

3º COMPROMISSO QUE O MUNICÍPIO DEVE ASSUMIR APÓS A APROVAÇÃO DO PME: ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO DAS METAS

Após a aprovação do Plano de Educação, muito ainda precisa ser feito para que suas metas e estratégias virem realidade nos próximos dez anos. Tanto para o professor da FEUSP, Rubens de Camargo, quanto para a vice-presidenta da Undime, Manuelina Martins, é necessário estabelecer um acompanhamento anual do que está previsto no PME.
“Os municípios que fizeram seus Planos possuem um diagnóstico da educação na cidade e podem fazer um acompanhamento anual de como está à oferta na formação dos professores, no atendimento do ensino em tempo integral, no ensino fundamental, na Educação de Jovens e Adultos e na alfabetização, vendo se essas metas estão ou não sendo cumpridas”, exemplifica Manuelina.
Defendendo a continuidade de um monitoramento sistemático, Rubens destaca a necessidade de realização de um processo participativo ao verificar se as metas e estratégias do Plano estão sendo cumpridas. “É preciso verificar de modo sistemático para que o acompanhamento não fique só na mão de gestores que podem orientar o Plano como uma política de governo e não como um Plano de Estado”, alerta o professor.
Para isso, Rubens sugere que o dia dos professores, comemorado no dia 15 de outubro, seja utilizado como um momento propício para aferir o que está sendo cumprido no Plano: “há um trabalho técnico de ver o quanto está sendo efetivamente cumprido, mas há o lado de uma dinâmica de discussão e de conversas com os setores interessados para o acompanhamento da tramitação do Plano”.


Algumas considerações:

Estudar, acompanhar e monitorar metas educacionais não deve ficar restrito a um pequeno grupo, pois quanto mais pessoas estiverem envolvidas, maior será a corresponsabilidade por uma educação de qualidade. Além disso, o PME, como bem alerta o professor Rubens, não é uma política de governo, mas um plano de Estado.

Com isso, temos seis meses que o plano foi aprovado e, se pensarmos que o acompanhamento deve ser anual, estamos muito atrasados!! E não é falta de cobrar, solicitar, conversar! A nosso ver, é falta de vontade política, considerando aqui o sentido mais amplo da palavra e não os limites de uma única administração.

Temos muito que avançar em um trabalho voltado ao diálogo igualitário, à  participação e à política pública que garanta mudança em processo de continuidade e não mudança em vias de ruptura com retrocesso que, muitas vezes atende a vontade de poucos e estão ancoradas em proposições e práticas de décadas passadas.

Hoje, enquanto profissionais da educação, estamos imbuídos de um novo olhar e de uma postura mais crítica e profissional para o que vem a ser, por exemplo, um processo de formação continuada, uma progressão na carreira por competência e não por indicação de amigos e parentes, novas formas de pensar a participação nas diferentes esferas educacionais, ações pautadas em leis e não em acordos, garantia de vaga, mas sem adaptações de espaços... enfim esses pequenos exemplos, assim como vários outros são o que realmente traz um novo olhar para a educação comprometida com o profissionalismo e com as aprendizagens de todos: crianças, jovens, adultos, pais, gestores, professores, funcionários...


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